Após quase dois anos à frente do governo, os servidores ainda se perguntam onde está aquela candidata que prometeu estar ao lado dos trabalhadores do Estado? Estamos quase na metade da gestão Fátima, e só ouvimos desse governo ‘não’, seguido de mais ‘nãos’ e ‘nãos’. Esse é um governo que escolhe quais categorias serão beneficiadas, virando as costas e tampando os ouvidos para todos os outros trabalhadores. Enquanto uma pequena parcela são agraciados, a grande maioria não tem o direito nem de ter seus representantes sindicais recebidos para terem suas demandas ouvidas. O espírito republicano e democrático passa longe das paredes da governadoria.
Todas as solicitações protocoladas pelo SINSP são negadas. O ‘não’ da governadora ao SINSP afeta mais de 100 mil trabalhadores representados pelo sindicato. Queremos ser ouvidos, queremos ser atendidos e ser respeitados.
Quando a governadora solicitou aumento de 16,38% para procuradores, auditores e delegados, todos outros servidores pediram igualdade de direitos, com está na Constituição Federal, e ouviram “não”.
Tiveram que ver os que ganham mais aumentar seus salários, enquanto empobreciam cada vez mais com o passar dos dias.
Quando pediram uma reforma da previdência justa, que não afetasse os servidores mais humildes e os aposentados, ouviram um ‘não’.
Tiveram que aceitar a taxação dos aposentados, que já passaram a vida toda pagando ao IPERN, e alíquotas que confiscam os salários dos trabalhadores.
Quando a pandemia chegou no RN e os servidores e seus familiares começaram a se apertar financeiramente, os servidores pediram para a governadora negociar com as instituições financeiras a suspensão por alguns meses dos descontos do empréstimos consignados, e ouviram “não”.
Tiveram que ver uma Lei estadual ter uma validade negada pelo STF, e então foram cobrados com juros pelos bancos.
Quando pediram o direito de ter auxílio alimentação e saúde, como alguns poucos órgãos do Estado, ouviram ‘não’.
Tiveram que ver colegas com o direito concedido no contracheque, enquanto ainda lutam contra distinções entre órgãos e secretarias dentro do próprio estado.
Quando os funcionários do ex-BANDERN pediram para reparar um erro histórico e os incluir no Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, ouviram ‘não’.
Tiveram que seguir a sua luta quase semanal de bater a porta da Casa Civil para serem atendidos pelo governo.
Quando pediram respeito para o governo pagar seus salários que ainda estão atrasados, viram o governo não estabelecer uma política para o pagamento nem a construção de um calendário. Os servidores seguem com um ‘não’.
Esse é o governo dos ‘nãos’. Da falta de negociação e da falta de diálogo com o trabalhador.