Desde de início de 2019, início da gestão Fátima Bezerra, o Estado contratou 250 novas merendeiras terceirizadas, subindo o número de 1.177 para 1.427 em apenas um contrato incluindo metade das Direds, que estão com os dados disponíveis no Portal da Transparência. Na realidade o número deve ser bem maior. Por mês, O IPERN deixa de arrecadar 33% do valor dos salários das merendeiras, 11% que seriam pagos pelos servidores concursados e 22% pelo Estado. Em relação as 1.427, são 561 mil mensais que deixam de entrar na previdência estadual, o equivalente a mais de R$ 6,7 milhões por ano que não vão para o IPERN pela opção do governo de não fazer concurso público.
O último concurso para administração direta do RN foi realizado em 1989, com nomeação em 1990. São 31 anos desde a última admissão pública no Estado. Há tempos o SINSP luta para realização de concurso para o serviço público do Estado. O déficit da nossa Previdência corresponde à redução do número de servidores contribuintes. As contribuições dos servidores em atividade bancam os pagamentos das aposentadorias e das pensões.
Concurso público deve ser uma política de Estado, pois traz desenvolvimento social, evita interrupções de políticas públicas e dá continuidade nas atividades governamentais, além de aumentar a receita do Estado.
Mesmo assim, a governadora insiste em contratar terceirizados, comissionados, estagiários e bolsistas, diminuindo cada vez mais as vagas de servidores efetivos no RN.
O RN necessita imediatamente de novos concursos para todos os órgãos da administração direta.
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