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30/09/2021
Reforma da previdência: professor aposentado da UERN relata arrocho salarial após ter desconto ao IPERN dobrado: “Aumentou em R$ 600,00”
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Geraldo Carneiro contribuiu ao IPERN ao longo de 38 anos e quando realizou o sonho de abrir uma loja de discos em 2015 já acreditava ser injusto ter de continuar pagando a previdência após quase quatro décadas dedicadas ao magistério. Mesmo assim o professor aposentado da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte seguiu contribuindo com R$ 658,63, valor que praticamente dobrou após a reforma da previdência.

“A reforma da previdência do Estado aumentou o desconto em favor do IPERN em aproximadamente R$ 600,00. Pagava R$ 658,63 e passei a contribuir com R$ 1223,05. Desse modo, a contribuição previdenciária, que já era injusta, haja vista que já havia contribuído por mais de 38 anos, proporcionou um arrocho nos salários que estão congelados desde 2014. Além desse fator, temos a inflação acumulada por todos esses anos. E mais: com o atual governo esse arrocho se agravou. A situação do país piorou consideravelmente com a política econômica (sic) atual e volta efetiva da inflação.”, afirmou o servidor aposentado.

Geraldo esteve presente na sala de aulas desde 1986, incialmente na educação básica, mas desde 1987 lecionava na UERN, onde optou pela dedicação exclusiva em 1994.

A dificuldade de ver seu salário diminuir de um hora para outra o fez ter problemas com o hobby de vender discos de vinil.

“A ideia inicial era "ocupar o tempo". E, de fato, passei algum tempo sem me preocupar com a parte econômica da loja. Entretanto, com o congelamento e o arrocho salarial, hoje parte do lucro de vendas foi incorporado ao meu orçamento pessoal”, lembra o professor.

O "sebo Toca Disco", admistrado por Geral, fica localizado no centro de Natal e conta com milhares de obras em vinil.

O servidor além de ter se dedicado tantos anos a sala de aulas também lutou por melhorias para sua categoria, envolvendo-se no mundo sindical. Em 1987, Geraldo entrou na diretoria da ADUERN, onde militou até sua aposentadoria em 2015.

Ele foi presidente da Associação por dois mandatos e membro da diretoria por diversos mandatos. Além disso, foi diretor do ANDES, sindicato nacional que representa os docentes do ensino superior, e ainda participou das então existentes APRN e APM, estando em congressos da CPB e da CNTE.

 

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