Neste momento vivemos no Brasil um aumento da intolerância, da violência e do ódio com o diferente. São comuns os discursos que defendem preconceitos e desrespeitam direitos humanos básicos, ignoram totalmente a empatia e estimulam a violência. É lamentável que esta onda de retrocessos sociais tenha chegado com tanta força ao nosso Brasil que por essência é democrático, de todas as raças e cores, um país tão diferente e mundialmente conhecido por sua diversidade.
O Dia da Consciência Negra, que é celebrado no dia 20 de novembro no Brasil, deveria ser um dia para relembrar a nossa história, o quanto a escravidão é uma marca que envergonha e entristece a imagem do povo brasileiro. Entretanto, agora mais do que nunca é uma data para falar da resistência contra todo tipo de preconceito. A data tem como objetivo trazer uma reflexão sobre a desigualdade social existente no Brasil que atinge especialmente a população negra, bem como as comunidades remanescentes de quilombos.
História
O dia 20 de Novembro foi escolhido como uma homenagem a Zumbi dos Palmares, data na qual morreu, lutando pela liberdade do seu povo no Brasil, em 1695. Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, foi um personagem que dedicou a sua vida lutando contra a escravatura no período do Brasil Colonial, onde os escravos começaram a ser introduzidos por volta de 1594. Um quilombo é uma região que tinha como função lutar contra as doutrinas escravistas e também de conservar elementos da cultura africana no Brasil.
Em 2003, no dia 9 de Janeiro, a lei 10.639 incluiu o Dia Nacional da Consciência Negra no calendário escolar. A mesma lei torna obrigatória o ensino sobre diversas áreas da História e cultura Afro-Brasileira. São abordados temas como a luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira, o negro na sociedade nacional, inserção do negro no mercado de trabalho, discriminação, identificação de etnias etc.