Desde o início de 2019 o Governo do Rio Grande do Norte vem criando expectativas de conseguir recursos extras para o pagamento das folhas salariais em atraso. Mas a quitação da dívida ainda está só na promessa. Também não há previsão para divulgação de um calendário dos atrasados, mesmo com a cobrança insistente do SINSP.
Em janeiro, o discurso da governadora Fátima Bezerra era de que a antecipação dos royalties do petróleo dos próximos 04 anos (2019, 2020, 2021 e 2022), uma arrecadação de R$ 500 milhões, seria usada para pagar pensionistas e aposentados e para atualizar os salários em aberto.
Além dos royalties, o governo também planejava a venda da folha salarial dos mais de 104 mil servidores da ativa, aposentados e pensionistas do estado do RN para uma instituição financeira, o que iria gerar R$ 240 milhões.
A governadora do Estado também acredita na receita extra proveniente da cessão onerosa do pré-sal. De acordo com a previsão estadual, a cota será de R$ 400 milhões e contribuirá para os pagamentos.
Em outro plano para quitação de dívidas, o governo diz esperar obter recursos financeiros do Governo Federal através do Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF), A expectativa é de que o governo potiguar consiga R$ 1,1 bilhão em ajuda financeira.
Em diversas entrevistas, a governadora Fátima Bezerra garantiu o pagamento dos atrasados até dezembro. Agora, os servidores públicos esperam ações concretas, como a elaboração de um calendário com prazos para quitação dessas dívidas.
O executivo, que assumiu o compromisso de pagar as folhas atrasadas, já está no oitavo mês de gestão sem dar resposta aos trabalhadores e trabalhadoras. É preciso que os servidores públicos e toda a sociedade se mobilize para cobrar do Estado o direito a receber com urgência as três folhas de salário ainda em atraso. O servidor público não aguenta mais só promessas.
Folhas em atraso
A governadora Fátima Bezerra quitou a dívida do 13º salário de 2017. Agora, restam parte dos salários de novembro de 2018, além das folhas de dezembro e 13º.