No Brasil atual, 55,8% da população é composta por pretos e pardos. Ao mesmo tempo, os negros são os mais atingidos pela violência, a maioria na fila de desempregados e possuem a maior taxa de analfabetismo. É como se cor de pele no país da desigualdade fosse capaz de definir cargos, salários e tantas outras questões.
Imersos numa sociedade que despreza as políticas voltadas à população negra e dirigidos por políticos pouco preocupados em fomentar o debate, lembra-se nesta quarta-feira, dia 20, o Dia da Consciência Negra. A data homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo de luta e liberdade.
Em termos raciais, o Brasil está distante de ser justo, mesmo que tente se vangloriar pela pseudo-abolição da escravidão, mais de cem anos atrás. Não só neste dia 20, como em todos os outros do ano, é preciso lutar intransigentemente por direitos iguais, para que o racismo seja punido, para que a dívida histórica para com a população negra não seja esquecida nem escondida por uma minoria branca.
Especialmente num cenário em que mulheres negras são assassinadas por assumirem papeis no ativismo político. Consciência Negra é todo dia. Por Zumbi, Marielle e tantos outros ocultados pela história que não tiveram chance de fazer ecoar suas vozes.