Em meio à pandemia mundial do COVID-19, o Governo do RN estuda cortar o salário dos servidores não colocando nos contracheques o pagamento de horas suplementares do Magistério Estadual, adicional noturno, auxílio transporte , promoções diversas, diárias, ADTS, férias, além de promoções que não serão implantadas e mudança de letras. Não bastasse os quase dez anos sem reajuste salarial enfrentado pelos trabalhadores e os salários ainda atrasados que endividam os servidores ativos, aposentados e pensionistas.
O Governo do RN ainda deve R$ 636 milhões em salários atrasados, equivalente ao mês de dezembro e o décimo terceiro salário de 2018 e nunca apresentou um possível calendário com previsão para quitação da dívida.
O executivo estadual também está com dificuldade em efetuar o pagamento da folha em razão da queda na arrecadação. A previsão do governo, no cenário mais otimista, é que o Rio Grande do Norte, no final do mês, tenha uma perda na arrecadação própria entre R$ 130 e R$ 150 milhões, cerca de 30% da arrecadação, em razão da pandemia.
Além disso, o Governo do RN até o momento ainda não garantiu o pagamento das horas suplementares dos professores, que representa quase 30% do salário, mesmo cientes de que os professores irão repor as aulas assim que a rotine seja retomada.