Há 92 anos, dois pilotos italianos realizavam um fato histórico ao cruzar o Atlântico numa aeronave, num vôo sem escala entre a Itália e o Brasil com 49 horas de duração e 7 mil quilômetros de distância. Para celebrar o feito de Carlo Del Prete e Arturo Ferrarin, o Rio Grande do Norte foi presenteado por Benito Mussolini com uma das colunas originárias do Monte Capitólio, em Roma. A coluna Capitolina encontra-se no largo do Instituto Histórico e Geográfico na Praça André de Albuquerque, na Cidade Alta.

História

No dia 5 de julho de 1928, após mais de 49 horas de vôo, os aviadores chegaram ao Rio Grande do Norte, a bordo da aeronave Savoia-Marchetti S-64. Inicialmente, a rota deveria ser Roma-Rio de Janeiro, porém o primeiro contato no Brasil foi com o Rio Grande do Norte.

O vôo não foi o esperado devido ao mau tempo, por isso, a aeronave aterrissou na praia de Touros após momentos de desorientação dos italianos, que chegaram até Natal mas não localizaram o campo de pouso de Parnamirim, na época ocupado por franceses.

A passagem da aeronave despertou a atenção dos natalenses, inclusive de crianças que subiram ma torre da antiga catedral anunciando a chegada dos pilotos. Com muitas nuvens, os italianos decidiram ir em direção ao sul e algum tempo depois retornaram ao norte até encontrarem a praia de Touros, local do pouso.

Alguns dias depois, o avião e os italianos foram trazidos à capital onde passou por reparos enquanto os pilotos eram agraciados com os mais variados títulos, inclusive o de cidadão natalense entre outros reconhecimentos.

Pela acolhida e generosidade características dos potiguares, o governo italiano decidiu presentear o RN com uma legítima coluna romana do Monte Capitólio em Roma, de mais de dois mil anos, trazida em 1931 pelo Ministro da Aviação italiana, Ítalo Balbo.

Com informações da Fundação Rampa

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