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02/02/2021 G1
Justiça: Sete anos após ser chamada de vaca, maior doadora de leite humano do país ganha processo
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Após mais de sete anos, chegou ao fim o processo movido pela técnica em enfermagem Michele Maximino, conhecida como a maior doadora de leite humano do Brasil, contra o humorista Danilo Gentili. Ele chamou a pernambucana de vaca e a comparou ao ator pornográfico Kid Bengala, em um programa de TV.

A decisão é do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e não é possível mais recorrer. Segundo a sentença judicial, Gentili, o também humorista Marcelo Mansfield e a Rádio e Televisão Bandeirantes foram condenados por danos morais à doadora de leite.

Eles devem pagar, juntos, R$ 80 mil, com atualização de 1% por mês, a contar de outubro de 2013, data de exibição do programa em que foram feitas as ofensas.

Inicialmente, o valor tinha sido fixado em R$ 200 mil pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), mas diminuído para R$ 80 mil, em decisão de segundo grau do Judiciário.

Os humoristas e a emissora apresentaram recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que manteve a decisão da justiça estadual.

O processo transitou em julgado em dezembro de 2020. No início de 2021, foi remetido ao TJPE. Isso significa que não há mais possibilidade de recurso.

“Estou feliz, porque a Justiça foi feita. É uma vitória minha, em prol da amamentação, e uma prova de que ele estava errado. A sentença, com a multa, ficou em R$ 187 mil, dividido para os três alvos”, afirmou a doadora de leite.

Em fevereiro de 2020, Michele deu à luz o quarto filho e decidiu retomar as doações para ajudar bebês prematuros. Um ano depois, ela segue fazendo as contribuições.

 

O caso

Danilo Gentili fez piadas ofensivas a Michele Maximino no programa "Agora é Tarde", chamando-a de vaca e a comparando ao ator pornô Kid Bengala.

Isso ocorreu depois que a pernambucana ficou famosa por doar mais de 300 litros de leite humano para hospitais e tentar entrar no Guinness Book, o Livro dos Recordes, como a maior doadora de leite humano do mundo.

A partir daí, a mulher passou a ser alvo de piadas na cidade de Quipapá, onde morava, na Zona da Mata de Pernambuco. Ela precisou mudar-se para o Recife.

 

Fonte: G1


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