A deputada Natália Bonavides assinou um requerimento para a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Garantia de um Piso Salarial Digno para Enfermagem Brasileira. A deputada potiguar se une a senadores que lutam para que o Projeto de Lei instituindo o piso salarial dos enfermeiros seja votado no Senado Federal.

A deputada cobra do Congresso Nacional agilidade na tramitação do PL “são profissionais que estão arriscando suas vidas na linha de frente do combate à Covid e nada mais justo do que uma remuneração digna!”, afirmou a parlamentar.

Projeto de Lei está parado no Senado

O autor do PL, senador Fabiano Contarato encaminhou ao presidente do Senado um requerimento solicitando que o Projeto seja levado para discussão e votação no plenário da Casa. A proposta define a criação de um piso salarial nacional de R$ 7,3 mil mensais para enfermeiros, de R$ 5,1 mil para técnicos de enfermagem, e de R$ 3,6 mil para auxiliares de enfermagem e parteiras.

O valor estabelecido pelo projeto, no caso dos enfermeiros, é para jornada de 30 horas semanais. Em caso de jornadas superiores, o piso salarial nacional terá a correspondência proporcional.

Piso nacional para enfermagem é rejeitado por entidades médicas e empresariais

Entidades médicas, hospitalares e de planos de saúde enviaram um ofício ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pedindo que o Projeto de Lei não seja colocado em votação.

As entidades que se posicionaram contrárias ao projeto são a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramg), Confederação Nacional de Cooperativas Médicas (Unimed), Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).

A iniciativa foi reprovada por entidades ligadas a luta pelo piso salarial para os enfermeiros, e tratada como uma maneira de obstruir a tramitação da matéria.

Enfermeiros estão na linha de frente da pandemia e sofrem com descriminação

O Conselho Federal de Enfermagem lançou em 2021 uma campanha de valorização da profissão, que de acordo com o órgão teve 470 mortos até janeiro no Brasil.

“Nós somos a única categoria que está com os pacientes nas 24 horas do dia. A gente está com o paciente da hora que ele chega a hora que ele vai embora, cuidando com aquilo que a gente estudou, com aquilo que a gente sabe que vai dar resultado. Nós não temos a opção de fazer isolamento social”, falou Viviane Camargo, que integra o Conselho Federal de Enfermagem.

O Cofen coleciona histórias de enfermeiros discriminados no comércio e no transporte público, além dos que se afastaram da família para não transmitirem o vírus. Para ler basta clicar aqui.

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