Em contato com o SINSP, o diretor da escola Professor Maria Cristina, em Parnamirim, informou que apesar da escola realmente está abrindo três vezes por semana para a entrega de atividades aos alunos, o local permanece aberto no máximo até as 20h.
“Nós nos antecipamos ao Decreto com o toque de recolher, por questão de segurança, já que ficam poucas pessoas na escola e aqui no bairro tem um histórico de violência”, disse o diretor.
De acordo com ele, ficou definido entre os funcionários da escola que quando o local abrisse no turno noturno iria se antecipar uma hora no início e fim de expediente. Assim, o horário ficaria entre às 18h e 20h, no máximo. “Eu mesmo fiscalizo o fechamento nesse horário”, informou o diretor.
O diretor da escola disse que antes do primeiro Decreto do governo relacionado à pandemia, em março de 2020,a escola já havia se antecipado e comprado produtos de higiene para a prevenção contra a doença e após o documento assinado pela governadora o local foi fechado e os servidores trabalhavam de casa.
Isso mudou quando uma professora pediu para a ir presencialmente a local para o local.
“Temos alunos de diversos municípios próximos e tínhamos que entregar as atividades. Depois dela, outros professores quiseram ajudar e também e pediram para vir a escola. Enquanto outros continuam de casa e até entraram em estado de greve”, afirmou o diretor.
Segundo o gestor, todas essas informações estão descritas em atas de reuniões com os servidores.
Por fim o diretor informou que a escola começou a flexibilizar o horário no fim do ano passado após ser procurada pelos alunos do EJA que tentavam terminar o ensino médio e seguir suas vidas. Atualmente o local abre três vezes por semana, com horário reduzido.
“Eu não posso bancar o gestor imprudente e dizer que ‘vai ficar a hora que quero’, por mim a escola estaria fechada 100%, pois estamos no pior momento da pandemia, estamos numa situação ainda mais delicada e eu estou aqui na escola com o coração na mão”, comentou o gestor da Escola Maria Cristina.
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