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08/06/2021
Leia a conversa com a vereadora Marleide Cunha, que luta pelos servidores públicos em Mossoró
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O SINSP conversou com a vereadora Marleide Cunha, que representa a classe dos servidores na Câmara Municipal de Mossoró. A parlamentar, que recentemente esteve em visita ao sindicato, falou de seu trabalho em prol do serviço e servidores públicos. Ela defende a categoria, além de apresentar projetos para melhorias do funcionalismo local, e também não vota a favor de nenhuma medida que afete o serviço público de Mossoró.

Marleide Cunha é professora da rede municipal e estadual de ensino, além de ser presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Muncipais de Mossoró (Sindiserpum). E sua luta na cidade até já a fez ser considerada uma persona non grata pela antiga legislatura da Câmara, local que atualmente teve que retirar esse título já que a população a colocou como uma das vereadoras da cidade.

 

Leia a conversa da vereadora Marleide Cunha com o SINSP:

 

SINSP: Como é lutar pelos servidores públicos na Câmara de Mossoró?

Marleide Cunha: Nós tentamos tanto atender as demandas dos servidores públicos, como relacionando o serviço público às necessidades da população. Aqui aprovamos um projeto de lei que torna prioritária a vacinação dos profissionais em educação em Mossoró antes mesmo da aprovaão da lei na Assembleia Legislativa. Foi uma lei da minha autoria. Não foi sancionada pelo prefeito e foi promulgada pelo presidente da Câmara. Por causa disso, Mossoró foi o primeiro município do estado a vacinar os trabalhadores em educação.

 

SINSP: Não só professores, não é?

Marleide Cunha: Isso. É importante lembrar que não são apenas professores. A Lei é para todos os trabalhadores em educação, tanto do setor público, como do privado. Essa Lei foi aprovada em regime de urgência.

SINSP: Vi que também existe a luta pelos concursos públicos na cidade. Como está sendo?

Marleide Cunha: A gente também faz um trabalho forte na defesa da realização de concurso público no município de Mossoró por que aqui vem há bastante tempo fazendo sucessivos processos seletivos. Hoje mesmo eu fiz numa fala a respeito disso, que o processo seletivo deve ser utilizado em situação excepcional, extraordinária, e não como forma de burlar o concurso público.

 

SINSP: Tentam burlar os concursos em Mossoró?

Marleide Cunha: Aqui em Mossoró vem acontecendo isso. O último concurso da educação, por exemplo, foi em 2013, e existe grande vacância aqui de professores. Na área da saúde o último concurso foi em 2008 e desde então não houve mais. E como essa várias outras áreas.

 

SINSP: Como são esses processos seletivos?

Marleide Cunha: Ele é o contrato feito por um ano. E pode ser prorrogado por mais um ano.  E e aí quando você tem sucessivos processos seletivos, há também um prejuízo no serviço público, na qualidade do serviço, porque há interrupção do serviço entre um processo seletivo e outro. Por exemplo, as salas de aula ficam períodos sem professor, até que o novo chegue. Além do fato de que eh é fundamental no serviço público que o servidor tenha o vínculo com a comunidade, quanto mais experiente no serviço ele melhor serve as necessidades da população, porque ele consegue resolver as coisas com mais, vamos dizer assim, com mais celeridade e também atender aquilo que a população precisa, apesar de todas as dificuldades.

 

SINSP: Falando em concurso, a previdência também sofre com a falta deles, não é?

Marleide Cunha: Aqui em Mossoró tem previdência própria. Então, quando não se faz o concurso público está prejudicando a previdência. É o previ Mossoró. Porque ele deixa de arrecadar. Quem é do processo seletivo contribui para o INSS. Então, a previdência sofre com a falta de novos servidores.

 

SINSP: Quais outros projetos atualmente seu mandato está lutando para aprovar?

Marleide Cunha: Temos também projetos em defesa da mulher. Eu coloquei um Projeto de Lei que reserva cinco por cento das vagas para mulheres que sofreram violência doméstica. Essa reserva de vagas deve existir nas empresas contratadas pelo município. Nas terceirizadas e nas autarquias também, mas ainda está na comissão e não foi votada.


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