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28/06/2021

Servidor público salva o Brasil de esquema bilionário de corrupção e mostra importância da estabilidade na carreira

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A CPI da pandemia no Senado Federal expôs a todo o país a importância do servidor público para o Brasil e como a estabilidade é necessária para evitar submissões de seus superiores. Um servidor de carreira relatou uma pressão incomum de chefes no ministério da Saúde para acelerar os tramites para a compra da vacina, apesar de ter detectado inconsistências no contrato e no recibo apresentado pela empresa brasileira, que intermediou a importação junto à fabricante indiana. Um negócio de R$ 5,9 bilhões (ou US$ 1,2 bilhão).

O Ministério da Saúde aceitou pagar preço superior ao de outras vacinas e 1.000% maior do que havia sido anunciado pela própria fabricante seis meses antes do contrato com o Ministério da Saúde.

É notável que servidores público de carreira tenham salvado os cofres, expondo publicamente o esquema de corrupção no governo Bolsonaro, pois o próprio presidente foi informado sobre a ilegalidade e não quis apurar.

A estabilidade do servidor contra o assédio e a corrupção

A Reforma Administrativa quer acabar, dentre outras coisas, com a estabilidade do servidor. Isso não prevê modernização do Estado, não prevê análise de desempenho detalhada. Seus termos simplesmente jogam informações sem qualquer tipo de estudo aprofundado e isso é grave.

É a estabilidade que dá poderes ao servidor público de dizer não e, por isso, na maior parte das vezes, aqueles que praticam corrupção precisam fazer um esforço para que nenhum desses servidores veja o que está acontecendo.

Neste momento, os servidores públicos precisam demonstrar a importância da sua estabilidade. Por isso, é muito importante que todos que testemunharam ou viveram casos de assédio moral, sexual ou corrupção, para que façam a sua parte e denunciem.

Além disso, é extremamente necessário que todos pressionem os parlamentares para que não apoiem a reforma administrativa que está tramitando na Câmara, e que em breve deve chegar no Senado.