Notícias

16/02/2022
Professor “comemora” 1 ano de processo parado no governo: “é mais um ano perdendo no meu salário, por falta de uma gestão organizada que faça esses processos caminhar”
Compartilhe

O professor José Jerônimo Vieira Júnior, conhecido por seus alunos como Júnior Misaki, utilizou toda sua ironia e criatividade para esconder a fúria que o consome com a lentidão da gestão do governo do Estado. Num grupo dedicado a debater assuntos relacionados ao magistério, o docente celebrou o primeiro aniversário, e se espera que único, do processo de incorporação do seu mestrado em sua carreira de docente.

“Em fevereiro de 2021 dei entrada no processo para acrescentar o meu mestrado. Mesmo com a promessa da governadora que os nossos processos caminhariam depois de um ano, o meu se encontra parado desde fevereiro do ano passado. É mais um ano perdendo no meu salário, por falta de uma gestão organizada que faça esses processos caminhar”, informou o professor.

Questionado pelo SINSP o motivo de não lutar na justiça por seu direito, Misaki foi enfático: “porque eu acho humilhante ter que recorrer a advogados, gastar do meu bolso, para ter direito a algo que é meu, por lei.”

O paraibano é professor de artes em uma escola estadual localizada no município de São João do Sabugi, Seridó potiguar. A sua vinda ao RN foi motivada por uma suposta boa gestão do governo do Estado.

“Entrei no estado em 2017. Sou paraibano e fui motivado a fazer o concurso do RN pela fama da excelência de gestão que era repercutida por lá. Independente de governo, até agora só vi decepção. Em outubro de 2020 dei entrada na minha especialização, que graças ao evento que Fátima fez em outubro do ano passado, saiu em novembro de 2021, ou seja, foi mais de um ano de um direito meu sendo perdido por um processo que não andava, escorando em um decreto que em tempo de pandemia possivelmente os governos não seriam obrigados a dar os planos de cargos e carreira dos seus funcionários”.

O professor contabiliza R$ 5 mil de perdas após o aniversário de 1 ano do processo parado. A data foi celebrada no dia 8 de fevereiro e teve até bolo para não esquecer a morosidade do governo. Misaki disse que o valor faz falta pois como vem de fora do RN, poderia utilizar o acréscimo no salário no transporte e custos da viagem.

“Sabemos que temos funcionários efetivos que moram em cidades próximas e precisam se deslocar para poder trabalhar. Isso às vezes é a nossa diferença para pagarmos transporte, alimentação e hospedagem. Sem o plano de carreiras em dias e sem o nosso piso salarial, isso dificulta ainda mais a nossa ida para o trabalho. É vergonhoso!”

 

Dúvidas? Entre em contato no Whatsapp

Qualquer dúvida relacionada ao trabalho do SINSP, você pode entrar em contato com o sindicato através do nosso WhatsApp: (84) 98840-1607.


Últimas Notícias