Revelado mais um plano que Jair Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes estão guardando para depois da eleição: impedir que os brasileiros descontem os gastos com saúde e educação do Imposto de Renda.
Depois de atacar os mais pobres com o plano de praticamente congelar o salário mínimo, o governo de Jair Bolsonaro mira sua perversidade na direção dos que precisam pagar Imposto de Renda.
A descoberta foi feita pelo jornal O Estado de S. Paulo, que conseguiu a cópia de um estudo sobre o tema, “elaborado pela equipe da área fiscal do ministério após o primeiro turno”.
Segundo o jornal, a equipe de Paulo Guedes calcula que essa maldade, que prejudica especialmente a classe média, faria o governo arrecadar R$ 30 bilhões. Assim, “compensaria as promessas que o presidente Jair Bolsonaro tem feito na campanha”.
Essa maldade se junta a outras duas que foram descobertas nos últimos dias, como o plano de não reajustar mais o salário mínimo e as aposentadorias pela inflação (INPC). Todas elas contra trabalhadores, aposentados e classe média. Nenhuma medida que coloque os ricos para dividir essa conta.
Em abril deste ano, eram 49,4 milhões de brasileiros com um plano de saúde, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável por fiscalizar e regular os planos de saúde. Outra pesquisa no mesmo mês do PoderData a pedido da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), mostrou que 73% dos usuários dos convênios afirmaram gastar pelo menos 30% de sua renda mensal para despesas com saúde.
Por outro lado, a educação também deverá sofrer graves consequências com aumento na procura por escolas e creches da rede pública de ensino. Dados do Censo Escolar de 2021 mostram que historicamente mais de 80% das matrículas são da rede pública.
A lei hoje não estabelece nenhum teto para deduções de despesas médicas da base de cálculo do Imposto de Renda. O limite para a dedução existe só no caso dos gastos com educação – é possível abater até R$ 3.561,50 por dependente.
Com informações da Folha de S. Paulo
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