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10/03/2023
Ato no Dia das Mulheres: Professora denuncia cerceamento de fala por direção do sindicato dos professores
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A professora Luciana Lima, da rede pública estadual e municipal de ensino, publicou uma carta pública em que expressa sua tristeza com a ação por parte de mulheres dirigentes sindicais, durante o ato alusivo ao Dia das Mulheres, no último dia 08 de março.

"Sempre percebi o incômodo causado a direção do Sinte com as minhas falas em atos, assembleias e atividade da categoria. Inclusive vários colegas percebem e já vieram me falar. Mas, não esperava que no dia internacional das mulheres trabalhadoras, espaço de fala e expressão das mulheres em luta, eu poderia sofrer um cerceamento da minha fala vindo de outra mulher que no momento é dirigente do sindicato e encaminhava a atividade de aula pública em frente ao IFRN", inicia a professora Luciana.

A professora explica que pediu espaço e o microfone para esclarecer dúvidas a respeito de uma ação no momento em que tudo ocorreu: "Primeiro a dirigente relutou em me ceder o microfone e, durante minha fala ficou atrapalhando, sem me deixar esclarecer as dúvidas das companheiras presentes. Foi preciso a interferência de uma outra dirigente do Sinte que defendeu que eu concluísse a minha fala e tentou me dá o microfone novamente", continuou a professora.

Ela afirma que não teve mais clima para seguir sua fala e se sentiu agredida.

"ficou claro: pertence a direção do Sinte…usa quem a direção permite com o tempo que a direção permite, fazendo a fala que a direção considera de acordo com seus interesses", concluiu a professora sobre o uso do microfone.

O SINSP se solidariza com a professora Luciana Lima.

 

Veja a carta completa:

FIQUE SABENDO 

Sempre percebi o incômodo causado a direção do Sinte com as minhas falas em atos, assembleias e atividade da categoria. Inclusive vários colegas percebem e já vieram me falar. Mas, não esperava que no dia internacional das mulheres trabalhadoras, espaço de fala e expressão das mulheres em luta, eu poderia sofrer um cerceamento da minha fala vindo de outra mulher que no momento é dirigente do sindicato e encaminhava a atividade de aula pública em frente ao IFRN. 

No momento a dirigente havia encerrado o ato e eu pedi para fazer um esclarecimento a respeito de uma ação que o Movimento Mulheres em Luta (MML) estava realizando e algumas pessoas nos procuraram para entender melhor o sentido da ação. 

Primeiro a dirigente relutou em me ceder o microfone e, durante minha fala ficou atrapalhando, sem me deixar esclarecer as dúvidas das companheiras presentes. Foi preciso a interferência de uma outra dirigente do Sinte que defendeu que eu concluísse a minha fala e tentou me dá o microfone novamente. Mas, infelizmente eu já estava me sentindo agredida na minha liberdade e direito de fala. Não tive mais clima, nem vontade de usar o microfone que ficou claro: pertence a direção do Sinte…usa quem a direção permite com o tempo que a direção permite, fazendo a fala que a direção considera de acordo com seus interesses.  

É dessa forma que a base se afasta do sindicato. É preciso firmeza política e reconhecimento do sindicato como instrumento de organização da classe trabalhadora para se manter firme na luta. 

Professora Luciana Lima (PSTU) 


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