O recorrente atraso no pagamento das parcelas dos empréstimos consignados por parte do governo do Estado foi tema de debate na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (26). A Comissão de Administração aprovou um requerimento para que o governo explique os atrasos denunciado pelo SINSP, a ALRN também cobra a regularização dos repasses aos bancos.
Constantemente o governo realiza pagamento de parte da dívida com o Banco do Brasil após o SINSP tornar público e a imprensa noticiar a falta de repasse das parcelas dos empréstimos consignados.
“Apresentamos documento na Comissão de Administração da Casa requerendo ao secretário de administração do Estado informações sobre os atrasos e quitação dos consignados - situação que está prejudicando os servidores. O governo retém o dinheiro que não é seu, desconta no contracheque dos servidores, mas não faz o devido repasse”, disse o deputado Luiz Eduardo, que requereu o tema. “É preciso que o governo venha a esta Casa explicar o que está acontecendo pois o assunto não pode ficar por isso mesmo”, acrescentou.
O governo está se apropriando do dinheiro do servidor para cobrir o rombo da queda do ICMS dos combustíveis e fazendo a gestão com dinheiro dos servidores.
Secretário de Tributação confirma atraso
O secretário Carlos Eduardo Xavier afirmou ao líder do governo que são pelo menos dois meses de atraso com as maiores instituições bancárias, podendo ser bem maior, chegando a sete meses, com outros bancos. O SINSP confirmou a informação com o Banco do Brasil. O governo sempre se mexe para pagar parte da dívida depois da denuncia ser publicada pelo nosso sindicato.
Mas a falta de repasse já é tema recorrente, pois o SINSP denuncia a prática desde 2020, entre idas e vindas de reabertura do crédito para os servidores. A última vez que o empréstimo consignado esteve disponível recentemente para os servidores do Estado, de acordo com o banco do Brasil, foi no fim de 2022, próximo as comemorações natalinas.
Com baixos salários, falta de reajuste, defasagem salarial, e tendo que pegar empréstimo consignado, o servidor tem todos os meses a retirada do seu contracheque das parcelas dos consignados, mas o dinheiro não chega para onde deveria ir: aos bancos, e fica apropriado indevidamente com o governo para gerir o Estado.
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