O preço médio da cesta básica caiu em 10 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese de maio para junho. Na comparação com igual mês de 2022, a situação se inverte, com alta em 13 cidades. No primeiro semestre, a cesta subiu em 10 e caiu em sete das capitais. Pela pesquisa divulgada nesta quinta-feira (6), o salário mínimo mostra mais poder de compra.

O maior preço da cesta básica foi registrado em São Paulo: R$ 783,05. Em seguida, duas capitais da região Sul, Porto Alegre (R$ 773,56), e Florianópolis (R$ 771,54). Em cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição é diferente, os menores valores médios foram apurados em Aracaju (R$ 567,11), Salvador (R$ 595,84) e João Pessoa (R$ 604,89).

De janeiro a junho, o Dieese destaca as altas de Recife (9,92%), Aracaju (8,84%) e Natal (8,20%). Já as quedas variam de -1,04% (São Paulo) a -5,79% (Belo Horizonte).

Salário mínimo e cesta básica

Assim, com base na cesta mais cara, o instituto calculou em R$ 6.578,41 o salário mínimo para as despesas básicas de uma família. O valor corresponde a 4,98 vezes o piso oficial (R$ 1.320). Essa proporção era de 5,04 vezes em maio e de 5,39 em junho do ano passado.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta teve leve redução: de 113
horas e 19 minutos, em maio, para 113 horas e 13 minutos. Período bem menor que o registrado há um ano – 121 horas e 26 minutos. O trabalhador remunerado pelo mínimo comprometeu 55,63% da renda líquida com os produtos alimentícios básicos, ante 55,68% em maio e 59,68% em junho de 2022.

Entre os produtos, o quilo do feijão carioquinha diminuiu, em junho, em todas as cidades onde é pesquisado. O mesmo aconteceu com o feijão preto. O preço do óleo de soja também caiu em todas as capitais, enquanto o valor médio do quilo da carne bovina de primeira teve redução em 15 cidades. Tanto o arroz agulhinha como o café tiveram queda em 14 capitais. Os preços da batata e do açúcar aumentaram.

Fonte: Rede Brasil Atual - RBA

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