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20/10/2023
Ipea: recuo nos preços de alimentos e bebidas favorece famílias mais pobres
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Boa notícia para as famílias mais pobres do Brasil. De acordo com o Indicador de Inflação por Faixa de Renda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado na terça-feira (17/10), houve recuo no preço dos alimentos e bebidas. O estudo mostra que a inflação pesou menos no bolso das classes de baixa renda nos últimos doze meses, na comparação com os lares de renda média e alta.

Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 5,19%, a inflação para as famílias com renda muito baixa foi de 3,9%. Já para as de renda baixa, 4,45%.

Segundo o indicador do Ipea, é considerada renda muito baixa a família que recebe até de R$ 2.015 por mês. As de renda baixa estão na faixa entre R$ 2.015 e R$ 3.022.

Nos lares com rendas média-alta e alta, a inflação acumulada em doze meses ficou em 5,95% e 6,41%, respectivamente. São classificadas como renda média-alta os grupos familiares que recebem de R$ 10.075 a R$ 20.151. Os de renda alta têm rendimento superior a R$ 20.151.

 

Alimentos

Tanto na inflação acumulada de doze meses quanto na de setembro, o custo dos alimentos foi o item que mais aliviou o peso no orçamento dos mais pobres. São quatro meses seguidos de recuo no preço da comida.

Em setembro, tal comportamento foi motivado pelos preços do feijão (-7,6%), farinha de trigo (-3,3%), batata (-10,4%), carnes (-2,9%), aves e ovos (-1,7%), leite (-4,1%) e o óleo de soja (-1,2%).

O alívio é sentido mais fortemente pelas famílias com rendas mais baixas, “dado o peso desses itens nas suas cestas de consumo”, explica a pesquisadora do Ipea Maria Andreia Parente Lameiras. Ou seja, famílias mais pobres gastam, proporcionalmente, mais com comida que as mais ricas.

 

Gastos

Ainda em setembro, pelo lado da alta de preços, os reajustes de 1% nas tarifas de energia elétrica e de 2,8% da gasolina fizeram dos grupos habitação e transportes os principais focos de pressão para todas as classes de renda.

No entanto, para os segmentos de renda mais alta, além do aumento dos combustíveis, as altas de 13,5% das passagens aéreas e de 4,6% dos transportes por aplicativo forçaram uma alta mais forte do grupo transportes, uma vez que esse gasto pesa mais no orçamento destas famílias.

No acumulado dos últimos doze meses, os itens que mais pesaram para todas as famílias foram transportes (1,63%) e saúde e cuidados pessoais (1,10%). Nessa comparação, o grupo de renda muito baixa também sofreu menos impacto negativo que o de renda alta.

Enquanto o transporte apresentou inflação de 1,01% para o grupo renda muito baixa, foi quase o dobro (1,94%) para a renda alta. Em relação à saúde e cuidados pessoais, foi de 1,01% e 1,26%, respectivamente.


Fonte: Portal ICL Notícias com informações da Agência Brasil 
 


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