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20/11/2019
"Não aceitaremos reforma que ataque qualquer direito de trabalhador", diz presidenta do SINSP sobre reforma da Previdência
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O Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Direta do Rio Grande do Norte é contra qualquer reforma que retire direitos adquiridos pelos trabalhadores. A previdência pública é um sistem de caráter solidário, custeado por trabalhadores, empregadores e governos. O principal interesse do Governo Federal na nova reforma da Previdência é privatizar ou criar condições pra privatizar a previdência pública, desejo antigo do mercado, além de reduzir os gastos do governo com benefícios de natureza previdenciária.

No Governo do Rio Grande do Norte, existem cerca de 12 mil trabalhadores terceirizados. Nenhum deles contribui para a previdência. Desde o primeiro mês da gestão Fátima Bezerra, assim como em gestões passadas, o SINSP insiste para que o executico estadual priorize a realização de concursos públicos em detrimento à contratação de mais terceirizados. Não basta se dizer contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro, é preciso, localmente, contribuir para que as contas melhorem.

"Nós vivemos num estado em crise financeira. Ontem, após um pedido do Fórum dos Servidores, foi instalado uma comissão de 68 dias de auditoria dos terceirizados, em que participam o Sindsaúde, o Sindfern e o SINSP. Se um estado que tem um colapso na sua Previdência estadual ainda conta com algo em torno de 12 mil terceirizados, que não contribuem com a Previdência, e vai contratar 1300 trabalhadores terceirizados, pode fazer reforma em cima de reforma que a conta não vai fechar. É uma irresponsabilidade. Tem que fazer concurso público", disse Janeayre Souto, presidenta do SINSP/RN.

Na última terça-feira (19), o sindicato apresentou ao Controlador do Estado e ao Secretário de Educação quando o governo gasta quase R$ 1,8 milhão a mais por terceirizar merendeiras da educação. Por terceirizar ASG, por sua vez, o Governo do RN paga cerca de R$ 295 mil a mais.

"Vai ser pior de que o último trem da alegria do governo Zé Agripino. A conta não vai fechar. Não vamos aceitar a reforma da Previdência desse jeito. Mas não é porque somos contra a reforma de Bolsonaro, ou contra a reforma de Fátima. Não aceitaremos reforma que ataque qualquer direito de trabalhador, seja de governo que for. Pode ser Lula apresentando. Não vamos aceitar retirada pacificamente de direitos. Não vamos!", reiterou.

 


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