Na Escola Estadual União do Povo, em Cidade Nova, funcionários se reuniram para produzir cestas de alimentação voltadas para família de alunos que estão em casa, em razão do isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde por causa do COVID-19. Com o material que seria usado para a merenda dos estudantes, foi possível montar 45 kits. Além dos 45, a direção da escola, com o dinheiro da merenda, comprou mais cestas com os fornecedores e viabilizarou a montagem de mais 100 kits, totalizando 145 para serem distribuídas.

Em razão da grande quantidade de alunos na escola, realizou-se uma lista com as famílias mais carentes, cerca de 330. Em dia combinado por meio de grupos no Facebook da escola com os pais dos alunos, realizou-se um sorteio das 145 famílias ganhadoras dos kits, com a ação gravada e sob a presença de representantes de pais, alunos e do conselho.

"Conseguimos separar as famílias mais necessitadas, as que estavam realmente sem nada pra comer em casa. Conseguimos fazer a entrega em 15 dias", disse Sarah Kitzinger, diretora do SINSP e funcionária da escola. 

Conflito com Estado

Recentemente, a governadora Fátima  Bezerra anunciou que o Estado pretende doar um kit alimentação para cada aluno da rede pública, já que muitos dependiam da merenda oferecida pelas escolas. O problema, no entanto, é que a ordem da chefe do executivo é para que sejam levados para as escolas apenas os ingredientes do kit e exige que a montagem das cestas seja feita pelos próprios funcionários das instituições.

Tudo isso, no entanto, implica que cada servidor fure a própria quarentena, submentendo-se aos riscos expostos pelos próprios órgãos de saúde. 

É importante, sim, que os kits cheguem até essas famílias! Mas o Estado não pode expor os servidores dessa forma e é imprescindível que encaminhe os kits já montados para evitar uma aglomeração desnecessária nas escola, já que não é à toa que estejam sem aulas.

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