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20/05/2020
Médico reforça reivindicação do Sindsaúde de que a hora do 'lockdown' é agora
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O médico Alexandre Motta, profissional de saúde com atuação no Rio Grande do Norte, fez um vídeo onde reforça a iniciativa do Sindsaúde de reivindicar na Justiça a decisão por 'lockdown' no estado. No vídeo, Alexandre inicia perguntando: "qual é a hora exata para lockdown ou confinamento?" e finaliza com a resposta: "A hora de parar não pode ser depois. A hora de parar é antes. A hora é agora."

O servidor esclarece que, no Brasil, já são 500 profissionais de saúde infectados e o número pode aumentar muito mais caso o país não consiga conter o avanço da pandemia. No país, também já morreram mais profissionais de enfermagem que Espanha e Itália juntas. 

A principal crítica feita é o apoio de entidades empresariais reforçando um posicionamento contrário ao 'lockdown':

"É compreensível que os empresários diante da crise queiram criar alternativas de viabilidade econômica para seus negócios. Mas cabe uma pergunta: se as lojas abrirem, a atividade econômica voltará ao normal ou continuará em queda? Os empresários não estão percebendo que a ausência de um isolamento social eficaz tem feito com que a quarentena se postergue indefinidamente. Não seria o caso, pela capacidade econômica deles, de realizarem uma campanha publicitária de convencimento das pessoas para um isolamento social eficiente, contribuindo com as ações do governo?"

O médico reconhece as campanhas feitas por empresas para o uso de máscaras, mas alerta que, por si só, elas não resolvem, embora ajude na contenção da propagação da epidemia.

"O fato é que a capacidade de leitos de uti para pacientes com Covid esgotou-se e o número de casos poderá dobrar nos próximos 15 dias. Se não temos mais vagas e continuamos expandido o número de doentes e precisando de uti, é lógico que o 'lockdown' ou o confinamento se impõe. E aí que faço, enquanto médico, o apelo ao prefeito Álvaro Dias e nossa governadora Fátima Bezerra. Eu sei das dificuldades e das responsabilidades de vocês dois ao enfrentarem essa crise. Nesse momento é preciso de união e ações conjuntas para salvar vidas e pacientes e vida dos profissionais de saúde", apela aos representantes políticos.

 "A hora de para não pode ser depois. A hora de parar é antes. A hora é agora, pra se evitar o caos, salvar vidas e superar a turbulência", finaliza.


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