Nesta semana, mais um servidor do serviço público do Rio Grande do Norte morreu por causa do novo coronavírus. O funcionário era motorista do hospital Walfredo Gurgel, pentencia ao grupo de risco da doença, e mesmo assim se arriscava no trabalho para que não tivesse diminuído seu salário, que depende de diárias e insalubridade. Como ele, trabalhadores do serviço público estadual continuam sendo obrigados a trabalhar para não terem seus salários diminuídos e conseguirem colocar alimento na mesa de casa.
Antes de morrer, o funcionário com mais de 70 anos, que faleceu na UTI do Giselda Trigueiro, chegou a dizer: "Vou colocar um monte de EPIs porque, se eu parar, vai faltar até para comprar remédios."
O Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Norte presta total solidariedade à família do servidor e alerta mais uma vez o Governo do RN sobre o que a defasagem salarial tem acarretado à vida do trabalhador. Em meio aos pagamentos ainda atrasados, faltas de reajuste e salários baixos, mesmo num cenário de caos de saúde pública, esses trabalhadores continuam a se arriscar pois não há outra chance senão essa para continuarem provendo o mais básico em suas casas.
É irresponsável que o executivo estadual desconsidere toda essa realidade e não mova qualquer braço para evitar que novas mortes como essas continuem a acontecer.