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08/07/2020
Entre óbitos de trabalhadores da saúde no Brasil, cerca de 12% estão no RN
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Por Sindsaúde RN

O número de mortes de trabalhadores da saúde em decorrência de Covid-19 só aumenta. De acordo com relatório do Ministério da Saúde, divulgado em 12 de junho, entre 1° de março e 1° de junho, 83.118 profissionais da saúde testaram positivo. Destes, 169 morreram por causa da doença. A maioria dos óbitos são de trabalhadores da enfermagem (42), seguido de médicos (18).

O Brasil é recordista no número de mortes de profissionais da enfermagem. Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em média, estamos perdendo dois profissionais por dia. Ainda segundo o Cofen, esses números se devem,por exemplo, à falta de EPIs. O Conselho já recebeu mais de seis mil denúncias sobre a falta desses equipamentos, e aponta também a falta de treinamento  para as trabalhadoras e trabalhadores da enfermagem enfrentarem esta pandemia. 

Dados do Observatório da Enfermagem, site que mede o avanço do novo coronavírus entre a categoria, mostra que, até a conclusão desta matéria, já são 23.147 trabalhadores da saúde infectados e 239 óbitos. E a taxa de letalidade é de 2,24%.

No Rio Grande do Norte não é diferente. São 4.198 contaminados e 29 óbitos. O Estado atinge cerca de 12% do total de óbitos de trabalhadores da saúde no Brasil. O Sindsaúde RN realiza o levantamento de óbitos por conta própria. Desses óbitos são: 12 médicos, 4 técnicos de enfermagem, 2 enfermeiras, 1 assistente social, 2 maqueiros, 1 motorista, 1 condutor de ambulância, 1 técnica de laboratório, 1 agente de endemias, 1 auxiliar administrativo, 1 auxiliar de enfermagem e 1 fisioterapeuta. 

De acordo com o último Boletim Epidemiológico da Sesap, o estado totaliza 34.984 casos confirmados da doença e 1.248 mortes. 

A saúde é das categorias mais prejudicadas nesta pandemia. Os profissionais trabalham em unidades com más condições físicas,  sem insumos e EPIs de qualidade. A sobrecarga de trabalho é grande e sofrem também com assédio moral. Soma-se a isso a tenção de contrair o vírus devido à irresponsabilidade dos governos.

Devido ao alto grau de exposição, há muitos profissionais afastados. Alguns, mesmo pertencendo ao grupo de risco, continuam trabalhando, pois temem perder a remuneração.

O Sindsaúde, desde o início da pandemia, adota medidas jurídicas e políticas para preservar a vida da categoria. Continuamos exigindo o lockdown como medida mais concreta para garantir a saúde da nossa classe e que o governo estadual e a Prefeitura priorizem os servidores e os serviços públicos.


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