Durante o processo de negociação com as categorias após o anúncio da governadora Fátima Bezerra de que iria conceder 15% de reajuste para os servidores, está ficando claro, mais uma vez, a escolha política do governo de não olhar para os mais carentes. Enquanto têm servidores que vão ver seus salários quase dobrarem, saindo dos R$ 7 mil para os R$ 13 mil, os menores salários vão ter um reajuste pífio de 4,5%.
Os 15% anunciados não estão sendo distribuídos de maneira igual entre os servidores. Os que mais sofrem com a alta inflação, e veem o preço da cesta básica tomar mais da metade de seus salários, não podem amargurar a menor porcentagem de aumento salarial.
O governo tem a obrigação de cumprir com o anunciado e dá pelo menos 15% também para os que recebem apenas um salário mínimo. Não há justificativa para quem ganha salário mínimo ter apenas 4,5% de reajuste e os que recebem acima de R$ 5 mil ter 50%, 60%, 80% de aumento salarial.
“Não vamos nos calar diante dessa atitude discriminatória. A proporção de reajuste deve ser igual para todos os servidores que estão há 12 anos sem aumento salarial. Desde o menor salário aos que recebem bem mais que isso. 15% para todos, no mínimo, essa é defesa do SINSP”, informou a presidenta do SINSP, Janeayre Souto.
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